O acirramento durante as votações para decidir sobre a deflagração da greve na Universidade Federal de Alagoas já marcava um prelúdio para o que foi constatado nesta quinta-feira (01), um dia após a assembleia que lotou a Tenda da Cultura Estudantil, no Campus A. Simões. Mesmo com a maioria decidindo pela paralisação – com 113 votos a favor e 99 contra -, dezenas de professores decidiram dar continuidade às aulas.
Na Faculdade de Direito de Alagoas, a movimentação do bloco deixou claro que as atividades permanecem em pleno andamento. O coordenador do mestrado em Direito da UFAL, professor Adrualdo Catão, confirmou que, embora alguns professores tenham aderido ao movimento, maior parte do curso segue com as aulas normalmente. O mesmo ocorre, por exemplo, nos blocos de arquitetura e engenharia, e economia. Nos demais cursos, a divisão de opiniões também faz com que nenhuma porta esteja fechada.
A não aderência à greve gera o questionamento aos estudantes quanto à validade das aulas ministradas durante o período. O diretor de comunicação da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), professor Dalmer Pacheco, explicou que, ao findar a paralisação, será elaborado um novo calendário acadêmico, de modo que as aulas podem ser invalidadas.
“Na prática, como ocorre em toda a greve, o calendário fica atrasado. Então se o ano letivo terminaria em novembro, agora pode ser que termine apenas em dezembro. Por outro lado, os professores devem compensar as aulas a fim de cumprir com a carga horária. Caso eles deem aula no meio da greve, estarão fora do calendário. Nós [da Associação] não criamos caso com isso, para não prejudicar ninguém, mas até mesmo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) pode pedir para que as aulas sejam invalidadas”, explicou Pacheco.
Já o professor Adrualdo discorda e diz que o calendário não pode ser impositivo ao professor. “Quando a greve é considerada legal, o professor tem o direito a repor as aulas por meio de um calendário que a Universidade faz ao professor grevista. No entanto, o calendário não pode obrigar o professor a aderir ou a não dar aulas”, esclarece. “Mesmo porque, no fim das contas, quem sai prejudicado é o aluno. O objetivo do grevista é prejudicar o aluno para chamar atenção da autoridade”, emenda.
O impasse, no entanto, não ocorre apenas entre os docentes que aderiram e não aderiram à greve. A própria decisão pela greve na Ufal já ocorre em contrapartida à decisão das entidades nacionais, que já assinaram com o Governo Federal um acordo pondo fim a mobilização nacional.
De acordo com o professor Dalmo Pacheco, não houve mobilização suficiente para deflagrar uma greve nacional e, em Brasília, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior terminou por assinar um reajuste de 4%, além de incorpor gratificações, isonomia aos aposentados, destinação de recursos para o PIB da Educação e, em setembro, a elaboração do Plano de Carreiras do professor.
“Quando foi assinado o acordo, não houve tempo de levar a proposta às bases estaduais. Era pegar ou largar. No entanto, como a assembleia é soberana, algumas associações e sindicatos decidiram voltar e fazer a assembleia. Então,independentemente do voto – eu mesmo votei contra a greve – a deliberação da assembleia, que é democrática, foi pela greve e decidi aderir”, emenda.
Para Adrualdo Catão, a resistência à paralisação é fortalecida em virtude da 'mudança' de objetivos do protesto. “O acordo já foi assinado por entidades nacionais que representam à classe e já está resolvido. Os próprios grevistas disseram agora que a mobilização tem um caráter político, e é em protesto à forma como foi feito o acordo. Na prática, porém, essa greve não vai mais aumentar salários”, diz.
O presidente da Adufal, professor Antonio Passos, informou que, na tarde desta quinta-feira (31) haverá uma reunião entre o comitê de greve. Entre as pautas, haverá a discussão a respeito dos grupos que não quiseram aderir. “Esse é um processo que sempre acontece. Estamos depois passando nos blocos para buscar o convencimento dos professores que não aderiram”, emendou. Na próxima terça-feira, 6 de setembro, haverá uma nova assembleia geral para discutir o andamento da mobilização.
Na Faculdade de Direito de Alagoas, a movimentação do bloco deixou claro que as atividades permanecem em pleno andamento. O coordenador do mestrado em Direito da UFAL, professor Adrualdo Catão, confirmou que, embora alguns professores tenham aderido ao movimento, maior parte do curso segue com as aulas normalmente. O mesmo ocorre, por exemplo, nos blocos de arquitetura e engenharia, e economia. Nos demais cursos, a divisão de opiniões também faz com que nenhuma porta esteja fechada.
A não aderência à greve gera o questionamento aos estudantes quanto à validade das aulas ministradas durante o período. O diretor de comunicação da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), professor Dalmer Pacheco, explicou que, ao findar a paralisação, será elaborado um novo calendário acadêmico, de modo que as aulas podem ser invalidadas.
“Na prática, como ocorre em toda a greve, o calendário fica atrasado. Então se o ano letivo terminaria em novembro, agora pode ser que termine apenas em dezembro. Por outro lado, os professores devem compensar as aulas a fim de cumprir com a carga horária. Caso eles deem aula no meio da greve, estarão fora do calendário. Nós [da Associação] não criamos caso com isso, para não prejudicar ninguém, mas até mesmo o Diretório Central dos Estudantes (DCE) pode pedir para que as aulas sejam invalidadas”, explicou Pacheco.
Já o professor Adrualdo discorda e diz que o calendário não pode ser impositivo ao professor. “Quando a greve é considerada legal, o professor tem o direito a repor as aulas por meio de um calendário que a Universidade faz ao professor grevista. No entanto, o calendário não pode obrigar o professor a aderir ou a não dar aulas”, esclarece. “Mesmo porque, no fim das contas, quem sai prejudicado é o aluno. O objetivo do grevista é prejudicar o aluno para chamar atenção da autoridade”, emenda.
O impasse, no entanto, não ocorre apenas entre os docentes que aderiram e não aderiram à greve. A própria decisão pela greve na Ufal já ocorre em contrapartida à decisão das entidades nacionais, que já assinaram com o Governo Federal um acordo pondo fim a mobilização nacional.
De acordo com o professor Dalmo Pacheco, não houve mobilização suficiente para deflagrar uma greve nacional e, em Brasília, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior terminou por assinar um reajuste de 4%, além de incorpor gratificações, isonomia aos aposentados, destinação de recursos para o PIB da Educação e, em setembro, a elaboração do Plano de Carreiras do professor.
“Quando foi assinado o acordo, não houve tempo de levar a proposta às bases estaduais. Era pegar ou largar. No entanto, como a assembleia é soberana, algumas associações e sindicatos decidiram voltar e fazer a assembleia. Então,independentemente do voto – eu mesmo votei contra a greve – a deliberação da assembleia, que é democrática, foi pela greve e decidi aderir”, emenda.
Para Adrualdo Catão, a resistência à paralisação é fortalecida em virtude da 'mudança' de objetivos do protesto. “O acordo já foi assinado por entidades nacionais que representam à classe e já está resolvido. Os próprios grevistas disseram agora que a mobilização tem um caráter político, e é em protesto à forma como foi feito o acordo. Na prática, porém, essa greve não vai mais aumentar salários”, diz.
O presidente da Adufal, professor Antonio Passos, informou que, na tarde desta quinta-feira (31) haverá uma reunião entre o comitê de greve. Entre as pautas, haverá a discussão a respeito dos grupos que não quiseram aderir. “Esse é um processo que sempre acontece. Estamos depois passando nos blocos para buscar o convencimento dos professores que não aderiram”, emendou. Na próxima terça-feira, 6 de setembro, haverá uma nova assembleia geral para discutir o andamento da mobilização.
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